domingo, 30 de dezembro de 2012

 
Sejam Bem Vindos...

... e sintam-se à vontade para continuar a dar asas à vossa imaginação escrita!
 
Este blog é feito e pensado sempre em vocês!

Através deste espaço, irei continuar a divulgar os textos realizados no âmbito da disciplina de Português.


Vamos, então, começar o ano de 2013, com fôlego total...

sábado, 23 de junho de 2012

O gato abandonado

O gato abandonado

                -  Que lindo gato!
                - Sim, realmente é muito bonito, mas está abandonado…- Disse com pena o pai.
                - Tenho tanta pena destes aninais abandonados. Coitado do pobre e infeliz animal, não tem culpa…
                Essa manhã foi de facto muito abaladora, mas tive que ir para a escola e prosseguir os meus estudos.
                Tudo corria bem até que tocou para sair. Tinha tarde livre, por isso fui para casa. A minha mãe veio-me buscar e, chegámos a casa, vimos o tal gato que já tinha visto nessa manhã.
                A minha mãe teve pena e propôs ficarmos com ele, porém não tinha a certeza se o meu pai deixaria.
                Depois do nosso almoço, já dei de comer ao pobre coitado, que teria sido abandonado. Ele tinha um ar de sofrimento e medo nos olhos.
                A mãe teve que sair e eu fiquei com o gato que, num futuro próximo, seria meu. Era sexta-feira e não tinha nada para estudar. Então, fiquei a brincar e a animar o gatinho. Tinha de lhe dar um nome:
                - Gostas de Cinzas? És um gato cinzento e amarelo, parece que estás sujo…
                - Pode ser! Mas sujo não estou! – Disse o gato…
                - O quê? Como é possível tu falares?
                - Sou um gato muito esperto, mas muito infeliz. Esta tristeza obrigou-me a pedir ajuda a alguém.
                - Não posso acreditar! Um gato que fala… nunca sonhei com isso e isto também não me parece um sonho, é bem real. Quando a minha mãe, vai ficar assustada.
                - O quê? A tua mãe não pode saber. Este é um segredo só nosso.
                - Está bem… Gato e humana a falarem, está bem visto, está!   

Liliana, 8ºA

domingo, 17 de junho de 2012

Nós no deserto!!!

 Estava eu, no meio do deserto, na esperança de encontrar um rego de água para matar a minha forte sede que permanecia dentro de mim como se fossem agulhas a espetarem-se na minha boca seca. Passados dez minutos, encontrei um ser estranho, que parecia ser uma planta.
Fui em direção a ela e perguntei:
-Ser estranho, quem és?
-Eu? Sou um cato.
-Uau! Tens tantos espinhos…
-Eu sei! Utilizo-os para me proteger, por exemplo, de animais ferozes que me queiram magoar.
-Isso parece ser muito interessante, mas o que eu queria mesmo era água, pois estou a morrer de sede.
-Eu tenho uma bolsa de água, que utilizo para armazenar água que apanho. Queres um pouco?  
-Eu dava tudo para ter uma pequena gota de água! É que os meus pais não tinham condições para me sustentar e abandonaram-me.
-Pobre coitada, deves estar mesmo mal. Toma esta água como símbolo da minha amizade.
-Muito obrigada!
Entretanto, como milagre, apareceu um helicóptero que que me viu e me salvou daquela imunda tempestade de areia, que se levantou pouco tempo antes do helicóptero chegar. Então disse:
-Não, não vou sem esta doce planta! Exijo me de deixem levá-la comigo, por favor.
Eles deixaram-me ficar com aquela doce planta e levaram-me para um orfanato, onde eu cuidei, com muito carinho, da minha planta.

Leonor , 8ºA





quinta-feira, 17 de maio de 2012

A importância do mar para Portugal

O mar revela-se uma fonte importante para Portugal. Disso ninguém duvida.
Já em tempos remotos, os portugueses lançaram-se ao mar, não sabendo o que os esperava. Pretendiam conquistar e descobrir novas terras para expandir a cultura lusa e levar/trazer matérias-primas. Estava assim aberto o caminho para os Descobrimentos.
A nível económico a nossa costa abre caminho para a pesca no alto mar. Todos os dias chegam às nossas barras várias espécies de peixe que logo de madrugada são distribuídos pelos “fornecedores que aí se deslocam. É esse peixe que chega fresquinho à nossa casa.
As praias de areia branca, solarengas e atrativas cativam turistas de todo o país e do estrangeiro tal conduz a um forte crescimento da economia e da divulgação da nossa paisagem.
Outro motivo pelo qual o mar é importante para Portugal relaciona-se com a sua beleza. Também é uma fonte de inspiração e descontração para muitas pessoas, nomeadamente poetas e escritores. Estes inspiram-se nas praias portuguesas, no som das ondas a baterem na costa, no cheiro da maresia e no calor que a areia liberta para nós. Sem dúvida nenhuma, praias como as nossas não existem!
Para muitos doentes, em especial para aqueles que sofrem de doenças respiratórias, torna-se um tratamento muito útil e gratuito, pois certas pessoas ficam curadas e muito melhores, após a visita ao mar.
Além disso, é por mar que transportamos muitas coisas, particularmente petróleo e bens essenciais ao Homem. As festas que anualmente decorrem por todo o país para celebrar as diversas dimensões do mar (como é o caso das Festas do Marisco) apelam à vinda dos turistas.
Sendo assim temos que preservar o mar e não poluí-lo, pois ao fazermos isso estamos a deixar com que ele perca toda a sua importância.

Texto coletivo do 8ºA




domingo, 19 de fevereiro de 2012

O sapo apaixonado :)

Carta sentida...

                                                                          14 de fevereiro de 1940
  Meu amor:
  Estou a escrever-te para não te esqueceres de mim. Eu sei que me amas, mas a vida às vezes prega-nos partidas.
  A minha vida tem sido muito simples e sombria! Sem ti tudo se torna mais difícil. Eu sei que tens de trabalhar para nos sustentar, a mim e aos nossos filhos, mas não é por causa disso que é mais fácil. Ainda bem que me deixaste uma lembrança, a Maria e o Fernando… eles ajudam-me a ultrapassar todas as dificuldades.
  Mas eu, ou melhor nós, só estaríamos bem se estivesses aqui. Nesse momento, nós os quatro, juntos poderíamos disfrutar do divertimento e da alegria que toda a cidade nos presenteia! Aqui toda a gente sentiu a tua falta.
  A tua vida é a minha vida, por isso volta, por favor! Não consigo aguentar… Volta e logo pensaremos numa forma de suportarmos as amarguras do dia-a-dia.
  Pensa nisso, um beijo
Liliana Teixeira, 8ºA

O que é o amor?

O que é o amor?
  • O amor é um sentimento vivido entre duas pessoas que se amam, que se amam de verdade.
  • O amor é um sentimento que se vive desde uma primeira paixão.
  • O amor não é só um sentimento vivido entre dois namorados/as, mas sim vivido entre a família e os amigos, entre as pessoas que estão guardadas no nosso coração.
  • O amor tem que ser vivido com alegria, com coração e certezas. Não tem que ser vivido com raiva ou com desprezo.
  • Quando duas pessoas se amam, amam-se de verdade! Isso sim é um amor vivido com paixão! Quando são duas pessoas que dizem que se amam, mas na verdade não gostam um do outro, isso é um amor vivido no sofrimento.
  • O verdadeiro amante é aquele que acorda todos os dias a pensar na pessoa que ama, que manda mensagens românticas, que faz carinhos nos momentos bons e maus, que ajuda no que for preciso.  
  • O amor é para ser vivido, por isso vive-o.
P.S: Se AMAR é sentir um vazio enorme  quando longe de ti, então posso dizer com muita certeza:     AMO-TE!
Eu acredito no AMOR!!!
Tânia Carvalho  8ºA 

Declaração de amor

                                                                            Amarante, 8 de fevereiro de 2012
 Amor,
       Tenho estado sem coragem para te dizer frente a frente o que sinto por ti, por isso decidi escrever-te esta carta para te dizer o quanto és importante para mim.
       Foi desde o primeiro dia que te vi que esta paixão se foi libertando, mais precisamente no dia 04 de novembro de 2011.
       Tu és o único motivo pelo qual não durmo… São pessoas como tu que me fazem abrir a janela todas as manhãs, respirar, sorrir e pensar que a vida é bela e que vale a pena viver.
       Sempre que estou contigo as minhas pernas começam a tremer e o meu coração bate a mil…
       És o motivo de eu viver, és a razão do meu sorriso, és tu que me alegras quando te vejo …
       Espero que um dia sintas o mesmo por mim, porque eu amo-te mais do que as estrelas que existem no céu, mais do que as flores que existem no prado, mais do que todas as palavras, mais do que tudo e que todos.
       A cada dia que passa o meu sentimento por ti vai crescendo a um ritmo alucinante. Todos os dias, a toda hora, em todos os minutos e em cada segundo penso em ti, porque nunca te vou esquecer.
       Um dia poderei deixar de te amar, mas nunca deixarei de amar os momentos em que te amei.
       Amo-te muito,
            Leonor

História de São Valentim

Carta ao amor da minha vida

          Hoje, não tenho palavras… Acho que tudo o que tinha para te dizer te disse. Espero que tenhas guardado aquelas milhentas cartas que te escrevi, cujo conteúdo se direcionava para mesma direção: o amor que sinto por ti. Uma palavra com apenas e somente cinco letras! Para muita gente, este termo é confuso, mas para mim é muito importante. Aliás, não tenho problema nenhum em dizer às pessoas que as amo e que são muito importantes para mim. Bom, tu és uma dessas pessoas!!! A ti te escrevo várias coisas, porém escrevo-te, principalmente, porque tu és a única fonte segura que tenho, porque sei que nunca irás contar nada a ninguém, porque te adoro e porque tu és o meu pilar em tudo na vida.
         No dia dos namorados, todos dão prendas uns aos outros, mas para mim o importante não são as prendas que me dás, mas sim o amor que sentes por mim. Espero que esse tal sentimento, ao qual chamamos de amor e que tu sentes por mim, seja agora ainda mais forte do que aquele que eu sinto por ti. Quero só dizer-te mais uma coisa, que faz parte das regras do amor: a diferença de idades que existe entre nós não importa para nada, porque, na verdade, a única coisa que importa é o amor que nós sentimos um pelo outro e esse é tão forte que por onde passa derruba tudo que pode. Espero que o meu pensamento esteja em sintonia com o teu!
         Para finalizar, basta dizer-me só mais uma coisa. Tu podes estar a questionar-te acerca do que estou a pensar, contudo não precisas de perguntar… E eu respondo-te já... AMO-TE COM TODA A MINHA FORÇA!
         Um beijo saudoso e apaixonado
                                                                 desta tua amada que te quer…
                                                                                                     Ana Lúcia , 8ºA

domingo, 25 de dezembro de 2011

Postais de Natal elaborados pelos 8ºA, para enviar às escolas parceiras do projeto "Christmas Cards - Um sorriso vindo da Europa"


Exposição de postais dos nossos amigos europeus, na Biblioteca Escolar


Exposição - Os nossos amigos europeus


Os nossos amigos europeus
                                  Exposição dos postais recebidos
A participação das turmas A e B do oitavo ano no projeto europeu “Christmas Cards with a smile from Europe” ficou marcada pelo entusiasmo manifestado pelos discentes, aquando do desenvolvimento das atividades necessárias à sua concretização.
Este projeto visou promover um intercâmbio cultural transversal entre os alunos desta escola e alunos de diversas escolas europeias, nomeadamente da Grécia, Espanha, Alemanha, Irlanda, Croácia, Turquia, Finlândia, Suécia, França, Alemanha e Eslováquia. 

Este intercâmbio consistiu no envio de mensagens natalícias em postais de Natal, concebidos e ilustrados pelos discentes nas aulas de Língua Portuguesa e enviados por correio para as escolas parceiras no projeto. Como previsto, foram também recebidos postais de Natal das escolas parceiras com votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo, extensíveis a toda a comunidade escolar.

Estes postais encontram-se expostos na Biblioteca escolar.

  



Professora Sofia Pereira

terça-feira, 20 de dezembro de 2011



“Christmas cards with a smile from Europe

A concretização do projeto “Christmas cards with a smile from Europe”, integrado no portal europeu Etwinning, foi um sucesso.

Este intercâmbio cultural transversal, que consistiu na divulgação de powerpoint sobre a cidade de Amarante e sobre a escola E.B 2,3 de Telões, na plataforma Etwinning, e na troca de postais das nossas turmas do 8ºA e B e os alunos de outras escolas parceiras no projeto, permitiu-nos contatar com alunos e professores de diferentes nacionalidades.
Nós escrevemos mensagens/cartas de Natal em postais concebidos e ilustrados por nós e, depois,  enviámo-los para as escolas europeias da Grécia, Espanha, Alemanha, Irlanda, Croácia, Turquia, Finlândia, Suécia, França, Ilha da Reunião, entre outras escolas parceiras neste projeto.
Mas o entusiasmo é ainda maior quando vemos chegar o carteiro com tantos postais!!!

Eis, então, mais alguns postais que nos chegaram
 dos nossos amigos europeus:
Escola finlandesa

  Colegio María Auxiliadora - Salamanca
 



Bernoláka - Irlanda

  Ataturk Ilkogretim Okulu - Turquia

Tositseio High School Ekalis - Grécia

  Molsskolen - Findândia

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Conto de Natal

        Naquela noite escura e sombria sem lua e sem estrelas, Anita caminhava sozinha no meio da floresta de pinheiros pontiagudos e gigantescos. Ela estava muito frustrada, pois tinha de andar pelo meio da floresta a fazer tarefas à mãe e ainda por cima na véspera da noite de Natal.

        - É sempre a mesma coisa, na noite de Natal!!! Nós nunca a passamos todos juntos. – Dizia ela, enquanto caminhava apressada pelo meio do caminho cheio de ervas já quase impercetível.
        Anita era uma rapariga muito bonita, com o cabelo loiro aos caracóis. Era muito alegre, mas ficava facilmente aborrecida. Vivia numa casa pequena no meio da floresta e sem grandes condições de vida, pois não tinha saneamento e tinha de se ir buscar a água à fonte da vila.

       Ela vivia só com a sua mãe, pois o seu pai tinha desaparecido, quando ela ainda apenas tinha quatro anos. Contudo ela lembrava-se dele como se ele nunca tivesse desaparecido. Anita não sabia muito bem como ele tinha desaparecido, pois a sua mãe não falava disso com ela, porém soube, por uma tia, que ele desaparecido quando, numa tarde de inverno, foi cortar madeira no bosque e nunca mais voltou. Por isso tudo, o maior desejo de Anita era reencontrar de novo o seu pai.

       Enquanto caminhava, Anita foi ficando menos frustrada e mais assustada, pois já devia ter chegado a casa há muito.

       - Devo estar perdida… Já vi esta pedra três vezes! – Dizia ela para si mesma, enquanto olhava para uma pedra junto a um castanheiro. – Tenho de ficar por esta zona, se não vou afastar-me ainda mais de casa.

       Andou mais alguns passos, até que viu uma gruta na vertente da encosta da montanha. Ela começou por ter algum receio, mas, influenciada pelo frio e depois pela chuva que se fez sentir, entrou. Antes de se aproximar, pegou nalguns paus, enrolou-os, e depois tirou uma caixa de fósforos do bolso do casaco e acendeu-os. Ao entrar na gruta, reparou que estava vazia. Nem um morcego, nem um inseto, nem um bicho de grutas, nem… Ali nada havia, por essa razão tinha menos uma coisa com que se preocupar.

       Ela procurou um lugar para se sentar e encontrou-o a treze metros do início da gruta. Lá estava uma saliência ótima para ela se sentar, pois tinha um bocado de terra no fundo e era direito. Lá, Anita deitou-se e tentou dormir, mas não conseguia, pois os seus pensamentos absorviam-na. Será que voltar a casa no dia seguinte? Como estaria a sua mãe? Por onde vaguearia o seu pai? Ela não acreditava muito em Deus, pois, ao domingo, quando a mãe lhe dizia para ir à eucaristia e à catequese, ela jurava à mãe que ia, mas, na verdade, dava a volta à casa da mãe e ia brincar para o bosque. Nesse momento, ela pensou em todas essas horríveis ações que fez e pela primeira vez na sua vida rezou. No início, Anita sentiu-se estranha, todavia, com o passar do tempo, foi ganhando confiança e começou a sentir-se à vontade para exprimir todos os seus sentimentos.

      - Senhor, sei que… não lhe tenho rezado muito, mas vou tentar… ajude-me a conseguir aguentar esta noite gelada… ajude a minha mãe a passar bem a noite sem mim e por favor, do fundo do meu pequenino coração, ajude-me a encontrar o meu querido paizinho. – Rezava ela a tremer de frio e de fome. – Ámen.

      Depois da oração, ela ficou algum tempo a pensar, na vida e na situação em que se encontrava e logo a seguir deitou-se ao comprido com a barriga para o ar. Fechou os olhos e finalmente conseguiu adormecer. Sonhou que o seu pai estava sentada ao seu lado, sonhou que vivia numa casa melhor e maior do que aquela onde morava, sonhou que andava na escola como os outros meninos e que a sua família vivia rodeada em felicidade e amor.

      Depois, enquanto sonhava com isto, começou a sentir um arrepio pelas costas a cima e acordou sobressaltada. Ainda era noite escura, quando se ergueu. Estava um frio de gelar, por isso não conseguiu adormecer. A cada segundo que passava, Anita sentia-se cada vez mais a desligar-se do corpo e fechar os olhos. De repente sentiu um ar quente a passar por ela e uma luz muito brilhante surgiu do fundo da gruta. Ela, inicialmente, ficou assustada, mas depois ouviu uma voz reconfortante dizer:

      - Anita, esta não será a tua hora, portanto aproveita a oportunidade que te vou dar. Reza todos os dias e nunca percas a fé em ti e em Deus.

      - Mas quem és tu? Porquê eu? Tenho algo de especial? – Perguntou ela.

      - Com o tempo irás descobrir. Adeus, Anita! – Despediu-se a voz.

       E num abrir e fechar de olhos, já a luz brilhante tinha desaparecido e tudo tinha ficado em silêncio. Então Anita, sem conseguir explicar, caiu lentamente na terra e, fechando olhos gentilmente, adormeceu.

       Quando acordou, os raios de sol já lhe aqueciam a cara. Ela bocejou, ergueu-se e gritou, quando olhou para a entrada da gruta e viu um vulto preto. A sua reação instantânea foi a de saltar para trás e dar um grito mais agudo.

       - Não grites! Só te quero ajudar. Vou aproximar-me. – Disse o vulto estranho.

       Quando se aproximou, viu-se um homem, com a barba muito grande, que andava na casa dos quarenta anos. Anita achou-o muito familiar.

        - Quem é você? – Perguntou Anita.

        - Não sei bem… só me lembro de cair numa escarpa e acordar nesta zona, sem me lembrar de nada. Isso foi há oito anos e, desde de essa altura, vivo nesta gruta. E tu, quem és? – Perguntou o homem.

        - Eu…eu perdi-me ontem, durante a noite, e agora quero voltar para casa. – Disse Anita.

       - Queres que te ajude a procura-la? – Inquiriu.

       - Pode ser! – Respondeu ela

       Então o homem ajudou-a a encontrar a casa da pequena rapariga. Procuraram durante duas horas até que finalmente avistaram a casa da Anita.

       Quando chegaram lá, a mãe da Anita estava muito preocupada, mas a rapariga explicou-se e a mãe compreendeu e consentiu.

       - Ó meu Deus! Gregório, és tu?! – Perguntou a mulher, quando olhou para o homem que tinha acabado de entrar.

       - Já me estou a lembrar de tudo. Tu és a minha mulher Graciete e tu a minha querida filha! – Afirmou o homem.

       -Não acredito, paizinho! – Exclamou Anita, saltando para os braços do pai.

       Então, a partir desse dia, Anita aproveitou todos os momentos com o seu pai e a sua mãe. Passou a rezar todos os dias e, ao domingo, levantava-se cedo para ir à eucaristia.

Luís, 8ºA      
                                 O país dos brinquedos

Há muito tempo, na época das guerras, vivia em Londres uma família constituída pela mãe Helena e pelo pai João e pelos filhos Ana e Filipe. Um dia, o pai desse família foi chamado para combater pela pátria. Helena e os seus filhos ficaram muito tristes com a saída do pai para a guerra, mas este disse a Ana:
 - Toma conta do teu irmão e da tua mãe. Quero orgulhar-me de ti quando regressar!
- Eu tomarei conta deles. Adoro-te, pai! – disse Ana com alegria.
- Adoro-vos! - disse o pai.
A mãe de Ana e Filipe contava-lhes histórias sobre o Pai Natal para eles se animarem, mas Ana não acreditava nele, por isso discutia muitas vezes com a mãe. Na verdade, não queria que Filipe acreditasse numa coisa que não existia.
Numa noite silenciosa, Ana estava no seu quarto e, de repente, ouviu um barulho na sua janela e foi espreitar.
- Quem está ai? – perguntou Ana, assustada.
Ao dizer isto, Ana deparou-se com o trenó do Pai Natal.
- Helena, queres vir comigo? Vou partir o País dos Brinquedos. – perguntou o Pai Natal a Ana, sem se aperceber que aquela não era Helena mas sim Ana.
- Eu não sou a Helena. Chamo-me Ana e sou a filha de Helena. Quem és tu? – interrogou a rapariga, intrigada.
- Eu sou o Pai Natal. Queres vir comigo para o País dos Brinquedos?
- País dos Brinquedos? Mas isso existe mesmo?
- Claro que sim. A tua mãe nunca te contou?
- Ela contou, mas pensava que eram histórias.
- Mas não são, minha querida! É realidade. – afirmou o Pai Natal.
- Sendo assim quero partir nessa aventura. – afirmou Ana, entusiasmada.
Ana entrou no trenó do Pai Natal e, sem dar conta, deparou-se com as nuvens fofinhas e suaves que nunca antes tinha tocado. Quando chegaram ao país dos brinquedos, Ana viu os duendes do Pai Natal a fazer os brinquedos e a correrem apressados de um lado para o outro.
- Afinal as histórias que a minha mãe conta são verdadeiras. Uau! Isto é lindo! - afirmou Ana
- Claro que isto é verdadeiro! Quem é que pensas que te leva os presentes de Natal? – inquiriu o velho Pai Natal
Entretanto Ana viu um pequeno duende, que parecia mesmo o seu irmão. Ana correu para ele e a partir desse momento nunca mais o largou.
- Ana, por razão não largas esse duende? – perguntou o Pai Natal.
- Porque este pequeno duende parece o meu irmão. – disse Ana com uma lágrima no canto do olho.
- Queres voltar para casa?
- Estou a gostar muito de cá estar, mas o meu irmão precisa de mim! – afirmou Ana.
- Eu levo-te a casa e tu, sempre que quiseres, podes vir para cá com o teu irmão. Já agora, o que é que queres como presente de Natal?
- Bem, eu gostava de ter uns patins de gelo! – disse Ana envergonhada
- Então terás esse presente. Vamos?
- Sim. E como só falta um mês para o Natal tenho de dizer ao meu irmão para escrever a carta ao Pai Natal e também para fazermos a árvore de Natal. – disse Ana muito feliz.
- Então vamos…
Quando chegaram a casa, o Pai Natal pediu a Ana que fosse chamar a sua mãe, Helena.
- Helena, como cresceste! – disse o Pai Natal emocionado.
- Sim cresci, mas nunca me esqueci de si. – afirmou Helena
- A tua filha disse-me que lhe contavas histórias sobre as tuas aventuras no País dos Brinquedos.
- Esteve com a Ana?
- Sim, eu vim buscar-te, mas levei-a a ela para conhecer o País dos Brinquedos. Agora tenho de ir! Feliz Natal, Helena! – despediu-se o Pai Natal
- Feliz Natal! Pai Natal!
Quando Helena chegou à sala, deparou-se com a Ana a fazer a árvore de Natal e, enquanto isso, ajudava o Filipe a fazer a carta ao Pai Natal. Helena ficou muito feliz com o que viu, pois Ana nunca tinha feito isso.
Quando chegou o dia de Natal, Ana deixou uma carta para o Pai Natal:

"Querido Pai Natal, agradeço-lhe por me fazer ver a magia do Natal. Quando posso voltar ao País dos Brinquedos? Desta vez quero levar o meu irmão. Muitos beijinhos da Ana e da Helena! ".

O Pai Natal, quando foi levar os presentes à casa da Ana, viu a carta e escreveu: “Basta mandares uma carta e eu venho logo buscar-vos . "

Quando Ana acordou foi logo ver o presente que o Pai Natal lhe tinha deixado. A alegria iluminava os seus olhos!!! Os patins de gelo estavam ali, brilhantes como cristais, à espera que ela os colocasse nos pés e deslizasse com eles na neve. Ana quis agradecer ao seu amigo de barbas brancas. Sentou-se na mesa e escreveu-lhe um curto, mas sentido postal.
Passado uma hora, o pai da Ana chegou finalmente a casa, vindo da guerra, e assim puderam passar o resto do dia de Natal felizes e em família!

Lúcia, 8ºA