sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

                                 O país dos brinquedos

Há muito tempo, na época das guerras, vivia em Londres uma família constituída pela mãe Helena e pelo pai João e pelos filhos Ana e Filipe. Um dia, o pai desse família foi chamado para combater pela pátria. Helena e os seus filhos ficaram muito tristes com a saída do pai para a guerra, mas este disse a Ana:
 - Toma conta do teu irmão e da tua mãe. Quero orgulhar-me de ti quando regressar!
- Eu tomarei conta deles. Adoro-te, pai! – disse Ana com alegria.
- Adoro-vos! - disse o pai.
A mãe de Ana e Filipe contava-lhes histórias sobre o Pai Natal para eles se animarem, mas Ana não acreditava nele, por isso discutia muitas vezes com a mãe. Na verdade, não queria que Filipe acreditasse numa coisa que não existia.
Numa noite silenciosa, Ana estava no seu quarto e, de repente, ouviu um barulho na sua janela e foi espreitar.
- Quem está ai? – perguntou Ana, assustada.
Ao dizer isto, Ana deparou-se com o trenó do Pai Natal.
- Helena, queres vir comigo? Vou partir o País dos Brinquedos. – perguntou o Pai Natal a Ana, sem se aperceber que aquela não era Helena mas sim Ana.
- Eu não sou a Helena. Chamo-me Ana e sou a filha de Helena. Quem és tu? – interrogou a rapariga, intrigada.
- Eu sou o Pai Natal. Queres vir comigo para o País dos Brinquedos?
- País dos Brinquedos? Mas isso existe mesmo?
- Claro que sim. A tua mãe nunca te contou?
- Ela contou, mas pensava que eram histórias.
- Mas não são, minha querida! É realidade. – afirmou o Pai Natal.
- Sendo assim quero partir nessa aventura. – afirmou Ana, entusiasmada.
Ana entrou no trenó do Pai Natal e, sem dar conta, deparou-se com as nuvens fofinhas e suaves que nunca antes tinha tocado. Quando chegaram ao país dos brinquedos, Ana viu os duendes do Pai Natal a fazer os brinquedos e a correrem apressados de um lado para o outro.
- Afinal as histórias que a minha mãe conta são verdadeiras. Uau! Isto é lindo! - afirmou Ana
- Claro que isto é verdadeiro! Quem é que pensas que te leva os presentes de Natal? – inquiriu o velho Pai Natal
Entretanto Ana viu um pequeno duende, que parecia mesmo o seu irmão. Ana correu para ele e a partir desse momento nunca mais o largou.
- Ana, por razão não largas esse duende? – perguntou o Pai Natal.
- Porque este pequeno duende parece o meu irmão. – disse Ana com uma lágrima no canto do olho.
- Queres voltar para casa?
- Estou a gostar muito de cá estar, mas o meu irmão precisa de mim! – afirmou Ana.
- Eu levo-te a casa e tu, sempre que quiseres, podes vir para cá com o teu irmão. Já agora, o que é que queres como presente de Natal?
- Bem, eu gostava de ter uns patins de gelo! – disse Ana envergonhada
- Então terás esse presente. Vamos?
- Sim. E como só falta um mês para o Natal tenho de dizer ao meu irmão para escrever a carta ao Pai Natal e também para fazermos a árvore de Natal. – disse Ana muito feliz.
- Então vamos…
Quando chegaram a casa, o Pai Natal pediu a Ana que fosse chamar a sua mãe, Helena.
- Helena, como cresceste! – disse o Pai Natal emocionado.
- Sim cresci, mas nunca me esqueci de si. – afirmou Helena
- A tua filha disse-me que lhe contavas histórias sobre as tuas aventuras no País dos Brinquedos.
- Esteve com a Ana?
- Sim, eu vim buscar-te, mas levei-a a ela para conhecer o País dos Brinquedos. Agora tenho de ir! Feliz Natal, Helena! – despediu-se o Pai Natal
- Feliz Natal! Pai Natal!
Quando Helena chegou à sala, deparou-se com a Ana a fazer a árvore de Natal e, enquanto isso, ajudava o Filipe a fazer a carta ao Pai Natal. Helena ficou muito feliz com o que viu, pois Ana nunca tinha feito isso.
Quando chegou o dia de Natal, Ana deixou uma carta para o Pai Natal:

"Querido Pai Natal, agradeço-lhe por me fazer ver a magia do Natal. Quando posso voltar ao País dos Brinquedos? Desta vez quero levar o meu irmão. Muitos beijinhos da Ana e da Helena! ".

O Pai Natal, quando foi levar os presentes à casa da Ana, viu a carta e escreveu: “Basta mandares uma carta e eu venho logo buscar-vos . "

Quando Ana acordou foi logo ver o presente que o Pai Natal lhe tinha deixado. A alegria iluminava os seus olhos!!! Os patins de gelo estavam ali, brilhantes como cristais, à espera que ela os colocasse nos pés e deslizasse com eles na neve. Ana quis agradecer ao seu amigo de barbas brancas. Sentou-se na mesa e escreveu-lhe um curto, mas sentido postal.
Passado uma hora, o pai da Ana chegou finalmente a casa, vindo da guerra, e assim puderam passar o resto do dia de Natal felizes e em família!

Lúcia, 8ºA

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