O gato abandonado
- Sim, realmente é muito bonito,
mas está abandonado…- Disse com pena o pai.
- Tenho tanta pena destes
aninais abandonados. Coitado do pobre e infeliz animal, não tem culpa…
Essa manhã foi de facto muito abaladora,
mas tive que ir para a escola e prosseguir os meus estudos.
Tudo corria bem até que tocou
para sair. Tinha tarde livre, por isso fui para casa. A minha mãe veio-me
buscar e, chegámos a casa, vimos o tal gato que já tinha visto nessa manhã.
A minha mãe teve pena e propôs
ficarmos com ele, porém não tinha a certeza se o meu pai deixaria.
Depois do nosso almoço, já dei
de comer ao pobre coitado, que teria sido abandonado. Ele tinha um ar de
sofrimento e medo nos olhos.
A mãe teve que sair e eu fiquei
com o gato que, num futuro próximo, seria meu. Era sexta-feira e não tinha nada
para estudar. Então, fiquei a brincar e a animar o gatinho. Tinha de lhe dar um
nome:
- Gostas de Cinzas? És um gato
cinzento e amarelo, parece que estás sujo…
- Pode ser! Mas sujo não estou!
– Disse o gato…
- O quê? Como é possível tu
falares?
- Sou um gato muito esperto, mas
muito infeliz. Esta tristeza obrigou-me a pedir ajuda a alguém.
- Não posso acreditar! Um gato
que fala… nunca sonhei com isso e isto também não me parece um sonho, é bem
real. Quando a minha mãe, vai ficar assustada.
- O quê? A tua mãe não pode
saber. Este é um segredo só nosso.
- Está bem… Gato e humana a
falarem, está bem visto, está!
Liliana, 8ºA